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domingo, 9 de setembro de 2012

REDAÇÃO OFICIAL E REDAÇÃO TÉCNICA: ORIENTAÇÃO PARA ESTUDO E QUESTÕES (parte 1)


Com  Prof. Marcelo Bernardo  do Site EVP

03/09/2012
      Olá, Pessoal!
      Espero que todos estejam bem e pelo BEM!
     O assunto Redação Oficial continua tirando o sossego de muita gente por esse "Brasilzão Concurseiro". Ééé... O volume de e-mails e postagens em nossa FAN PAGE solicitando orientações de estudo ou perguntando-nos se dispomos de aulas gravadas sobre o assunto cresceu significativamente. Mas, também pudera... são centenas de páginas!
     Se considerarmos apenas os três principais manuais de redação, deixando de lado outras publicações (livros, apostilas e outros manuais complementares), extrapolaremos a casa das 700 páginas de conteúdo - o da Presidência da República (138); o da Câmara dos Deputados (420); o do Senado (154)...  livros, apostilas... K-ramba! É para enlouquecer qualquer um, não é? Bom, diante disso, tal um atalhozinho para facilitar um pouco a sua caminhada? rs... Este artigo é o primeiro de uma trilogia que elaboramos sobre esse inquietante assunto. Vamos lá!
 REDAÇÃO TÉCNICA E REDAÇÃO OFICIAL: HÁ DIFERENÇA?
      A redação de textos técnicos exige a observância de algumas particularidades próprias da linguagem técnica corporativa ou organizacional, oferecendo pouca margem para inovações no que concerne à sua apresentação formal ou ainda à criatividade linguística. É importante destacar que esses textos são formas institucionalmente estabelecidas, com o intuito de atenderem às necessidades e às expectativas do contexto sociocomunicativo e sociolinguístico em que circulam. Ressalte-se ainda que existe uma diferença significativa entre a redação técnica e a redação oficial.
     A redação técnica compreende todo texto no qual predominam a objetividade, a pragmaticidade, a comunicação e a informação unívocas (texto denotativo, que apresenta uma só interpretação). O texto técnico tem o intuito de descrever objetos ou processos, instruir sobre a montagem e o uso de máquinas e equipamentos, efetuar relatos, comentários, análises e demais informes de caráter técnico, objetivo ou científico em um contexto geralmente profissional ou acadêmico. Tanto a redação técnica como a de correspondência constituem formas fixas de textos, que seguem um conjunto de normas e orientações de elaboração e de expedição próprias, obedecendo a estruturas consensualmente aceitas nos meios em que circulam. Qualquer candidato a concurso público que observe uma folha impressa que comece citando local, data e vocativo, seguindo-se o texto e terminando com atenciosamente e assinatura, perceberá que se trata de uma redação técnica ou mesmo oficial, a depender de sua macroestrutura.
     Já a redação oficial constitui a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Segundo o manual de redação oficial da presidência da república, a redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Esses mesmos princípios aplicam-se às comunicações oficiais, a fim de permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes. Observe este trecho, extraído do próprio manual: (não utilizei recuo na margem, em virtude do formato na plataforma EuVouPassar)
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
     Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. (...) Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição.
     Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) - ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). (...) Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc.
     Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação - ou se aceite a existência - de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
     A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica - comunicar com impessoalidade e máxima clareza - impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc."

O que é Redação Oficial. In: Manual de redação da Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. ? 2. ed. rev. e atualiz. P. 4 ? Brasília: Presidência da República, 2002.

É isso aí pessoal! Agora que você já sabe as diferenças básicas entre a Redação Oficial e aRedação Técnica, no próximo artigo (o segundo desta trilogia) traremos um resumo esquemático para facilitar muuuiiito o seu estudo, ok?
Vamos em frente!
Um forte abraço e um ótimo estudo a todos!
Prof. Marcelo Bernardo
Prof. Jamesson Marcelino
marcelobernardo@euvoupassar.com.br
duvidas@marcelobernardo.com.br


FONTE:Eu vou passar

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