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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Prof. Marcelo Moraes Caetano dá Toque de Mestre para não repetir palavras em redações: hiperônimos e perífrases.


Prof. Marcelo Moraes Caetano escreveu um Toque de Mestre no site da Editora Ferreira abordando dicas de como agir


PARA NÃO REPETIR PALAVRAS EM REDAÇÕES: HIPERÔNIMOS E PERÍFRASES

         "  Escrever um texto de qualidade exige, dentre outros fatores, que palavras somente sejam repetidas caso haja real necessidade de ênfase estilística para essa repetição. Do contrário, deve-se evitar ao máximo o uso reiterado de um vocábulo. 

           Para isso, podemos usar sinônimos e perífrases.

           Os sinônimos de que trataremos aqui são os hiperônimos, isto é, aqueles que, semanticamente, apresentam-se mais amplos que seus correspondentes, num jogo de metonímia (a parte pelo todo). Por exemplo, ao me referir a um “físico” e, em seguida, possuindo o texto o mesmo referente, se me reporto novamente a ele, mas desta vez como “cientista”, usei um sinônimo hiperônimo, pois nem todo cientista é físico, mas todo físico é cientista (“cinetista” é mais genérico, semanticamente, do que “físico”).

          Já a perífrase é um conjunto de palavras que, na sua totalidade, remete a alguma ideia que pode ser ercebida no texto.

          Muitas vezes, uma ideia vem torneada por esse conjunto perifrástico, que, não raro, até, atenua-a, modaliza-a, suaviza-a. Em muitos casos, as perífrases ocorrem para evitar repetição vocabular, como dissemos, quando o autor, com o intuito de não repetir uma palavra, utiliza, para ela, uma de suas características, por meio de perífrase.

          É preciso, no entanto, tomar cuidado para não incorrer nas chamadas PERÍFRASES VICIOSAS, que são aquelas que podem, muito bem, ser substituídas por uma única palavra. Ocorre que, muitas vezes, entretanto, o autor opta por usar  uma dessas perífrases para lançar mão de um eufemismo (figura de linguagem que se aproxima da atenuação), para ser “politicamente correto”, para não ir diretamente a um 
ponto, digamos, polêmico.

          Por isso, são tão comuns as perífrases eufemísticas em expressões do meio político, social, educativo etc.; por exemplo:

“Desvio de verbas públicas”,

“mão de obra excessiva ao mercado de trabalho”, 
“contingente excessivo”, 
“populações em situação de risco social”, 
“comunidades populares”, 
“população com problemas de nutrição”, 
“alunos com déficit cognitivo”, 
“excluídos sociais”, 
“tarifa de contribuição governamental”, 
“tributo para a conservação da estrada”, 
“tentou usar subterfúgios ilícitos”...

              É fácil substituir cada uma das perífrases acima por palavras que as definam e que cheguem direto ao ponto, sem rodeios.

             Experimente, num exercício, substituir cada uma daquelas perífrases escritas acima por uma única expressão. Você observará que, não raro, a expressão substituta poderá ser até grosseira, ofensiva, e, em muitos casos, não incorrerá em exatidão vocabular, como no caso de substituir  “populações em situação de risco social” por “marginais”. 

              Por outro lado, percebemos a nítida tentativa de obscurecer a gravidade do fato com o uso de palavras  mais amenas na substituição de  “mão de obra excessiva ao mercado de trabalho”  por  “desempregados”, ou  “tributo para a conservação da estrada” por “pedágio”.

             É bem verdade que, para evitarmos a tão aludida repetição desnecessária, viciosa, pode-se (e deve-se) usar um termo por outro, quando não houver distorção do significado.

               Ou seja, um texto poderia estar assim redigido: "

Continua no site da
Editora Ferreira

Fonte:Editora Ferreira





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